“Alguns anos antes-quantos?-devia fazer uns sete anos-ele sonhara que estava andando em um aposento completamente às escuras. E alguém sentado a um lado disse,quando ele passou:"Ainda nos encontraremos no lugar onde não há escuridão". Isso foi dito com muita tranquilidade, de forma quase despreocupada-era uma afirmação, não era uma ordem.”

George Orwell

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“Quando acordaram de manhã, na mesma cama, ela disse-lhe que queria ter um passado com ele. Não era um futuro, que é uma coisa incerta, mas um passado, que é isso que têm dois velhos depois de passarem uma vida juntos. Quando disse que queria ter um passado com alguém, queria dizer tudo. Não desejava uma incerteza, mas a História, a verdade.”


“a Novilíngua diferia da maior parte das outras línguas porque o seu vocabulário ia diminuindo em vez de aumentar todos os anos. Cada redução era um ganho, pois quanto menor a área de escolha, menor a tentação de pensar. Como fim último, esperava-se atingir uma linguagem emitida pela laringe, sem passar pelos centros nervosos superiores. Objectivo esse, francamente admitido no termo de Novilíngua "patofalar", que significava "grasnar como um pato". (...) Desde que as opiniões grasnadas fossem ortodoxas, o termo era perfeitamente laudatório; quando o Times se referia a um dos oradores do Partido caracterizando-o como "duploextrabom patofalante" estava a fazer-lhe um elogio caloroso e extremamente apreciado.”


“Eu queria um dia escrever um livro. Eu não queria plantar uma árvore. Não queria um filho. Queria só um livro. Queria ler um livro que eu mesmo escrevesse. Um escritor disse uma coisa um dia. Eu não sei quem ele era. Só ouvi alguém dizer o que ele teria dito. Parecia arrogância, mas não era. Era auto-suficiência. Parece que perguntaram para ele o que ele lia, ou o quê ele estava lendo. “Quando quero ler um livro, eu mesmo o escrevo”. Eu queria ter dito isso. Eu queria poder escrever. Mas em mim só encontro o silêncio. E por isso, eu não sei escrever. Escrever, é claro que eu sei. Só não sei escrever um livro. Não consigo encontrar as palavras. Não consigo encontrar as palavras nas palavras. Só encontro minha voz, no que penso. Mas o que eu penso, ninguém ouve. O que eu penso é silêncio. Então eu me calo. O silêncio é minha voz.O silencio é a voz que eu calo.O silêncio é a voz que eu guardo.O silêncio, é lá onde eu moro.O silêncio sou eu.”


“Eles não podem alterar os sentimentos... aliás, nem nós próprios poderíamos alterá-los, mesmo que quiséssemos. Podiam pôr a nu, com todo o pormenor, quanto houvéramos feito, dito ou pensado; mas o mais fundo do coração, cujo funcionamento até para nós constitui um mistério, há-de ser sempre inexpugnável.”


“Essa era umadas maiores tristezas em relação às pessoas — muitas vezes não há como exprimir seus pensamentos esentimentos mais importantes, e eles acabam não sendo ditos.”


“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.”