“Eles não podem agir de outra maneira, os senhores da criação. O privilégio da criação lhes é irrenunciável. Nós, mulheres, temos que ser criaturas, sim, e criaturas perfeitas. Sejamos agradecidas aos cavaleiros suecos, principalmente ao fatídico Axel, por terem desequilibrado tão artisticamente as faculdades da menina Agnes. As mulheres levemente desequilibradas se qualificam como musas excelentes.”

Günter Grass

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“As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.”

Miguel Esteves Cardoso
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“Assim como no regime da criação, Shakti é o criador e Shiva é o testemunho de todo o jogo, no tantra a mulher tem o estado do guru e o homem do discípulo. A tradição tântrica é atualmente passada da mulher para o homem, na prática tântrica, é a mulher quem inicia. É só por seu poder que o ato de maithuna acontece. Todas as preliminares são feitas por ela. Ela coloca a marca na testa do homem e fala pra ele meditar. Na relação ordinária, quem controla é o homem e a mulher participa. Mas no tantra eles trocam de papéis. A mulher torna-se a operadora e o homem o seu intermédio. Ela tem que ser capaz de despertá-lo. então, no momento certo, ela deve criar o bindu para que ele possa praticar vajroli. Se o homem perde seu bindu, significa que a mulher não conseguiu realizar suas funções adequadamente.No tantra se diz que Shiva é incapaz sem Shakti. Shakti é a sacerdotisa. Portanto, quando Vama marga é praticado, o homem deve ter uma atitude absolutamente tântrica com a mulher. Ele não pode comportar-se com ela como os homens geralmente fazem com outras mulheres. Normalmente, quando um homem olha uma mulher, ele torna-se apaixonado, mas durante o maithuna ele não deve. Ele deve vê-la como a mãe divina, a Devi, e aproximar-se dela como uma atitude de devoção e entrega, não com luxúria. De acordo com o conceito tântrico, as mulheres são mais dotadas de qualidades espirituais e seria uma coisa sábia se elas assumissem posições elevadas na área social. Então, haveria maior beleza, compaixão, amor e compreensão em todas as esferas da vida. O que estamos discutindo aqui não é sociedade patriarcal versus matriarcal, mas tantra.No relacionamento entre marido e mulher, por exemplo, há dependência e posse, enquanto que no tantra cada parceiro é independente, um para si mesmo. Outra coisa difícil na sadhana tântrica é cultivar a atitude de impassionalidade. O homem tem de se tornar praticamente um bramacharya, a fim de libertar a mente as emoções dos pensamentos sexuais e da paixão, que normalmente surgem na presença de uma mulher.Ambos os parceiros devem ser absolutamente purificados e controlados interna e externamente antes de praticar o maithuna. É difícil para a pessoa comum compreender isto porque para a maioria das pessoas a relação sexual é o resultado da paixão e da atração emocional ou física, tanto para a procriação quanto para o prazer. É somente quando você está purificado que estes instintos sexuais estarão ausentes. Isto acontece porque, de acordo com a tradição, o caminho do Dakshina marga deve ser seguido por muitos anos antes do caminho do Vama marga poder ser iniciado. Então, a interação do maithuna não acontece por uma gratificação física. O propósito é muito claro – o despertar de sushumna, o aumento da energia de Kundalini no mooladhara chakra e a explosão nas áreas inconscientes do cérebro.Se isto não ficar claro, quando você praticar os kriyas e sushumna se tornar ativa, você não será capaz de confrontar o despertar. Sua cabeça vai ficar quente e você nãos será capaz de controlar a paixão e o excitamento, porque você não tranqüilizou seu cérebro.Portanto, em minha opinião, somente aqueles que são adeptos no yoga estão qualificados para o Vama marga. Este caminho não é para ser usado indiscriminadamente como um pretexto para a auto-indulgência. Ele se destina para os sadhakas maduros e chefes de família sérios, que são evoluídos, que têm praticado sadhana para despertar o potencial energético e atingir o samadhi Eles devem utilizar este caminho como um veículo para o despertar, caso contrário torna-se um caminho de queda.”

Satyananda Saraswati
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“De certa maneira era uma mulher misteriosa. O hábito da infelicidade impusera-se-lhe, quase se lhe afeiçoara. O que ultrapassava nela todos os conceitos morais era a fidelidade ao seu destino”

Agustina Bessa-Luís
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“Quando Shiva e Shakti se unem no sahasrara, a pessoa experimenta o samadhi, a iluminação ocorre no cérebro e as áreas silenciosas começam a funcionar. Shiva e Shakti permanecem unidos por algum tempo, e durante este período há uma perda total da consciência, pertencente um a outro. Ao mesmo tempo um bindu desenvolve. Bindu significa um ponto, uma gota, e bindu é o substrato de todo o cosmos. Dentro do bindu está a sede da inteligência humana e a sede de toda a criação. Em seguida, bindu se divide em dois, e Shiva e Shakti manifestam-se novamente em dualidade. Quando a ascensão aconteceu, ela foi somente a subida de shakti, mas agora quando a descida acontece, Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos grosseiros e há novamente o conhecimento da dualidade. Depois da união total há uma espécie de retorno pelo mesmo caminho da ascensão. A consciência bruta que se tornou refinada, novamente torna-se embrutecida. Este é o conceito da encarnação divina ou avatar.Quando alguém atinge o mais elevado pináculo de samadhi, purusha e prakriti, ou Shiva e Shakti estão em total união e somente advaita existe, a experiência não dual. Ao mesmo temo, quando não há sujeito/objeto mais distinto, é muito difícil para alguém diferenciar. Se ele está falando com um homem ou com uma mulher, ele não sabe, ele não percebe a diferença. Ele pode até mesmo ser associado com pessoas espirituais ou divinas sem estar ciente disto, porque neste momento, sua consciência está reduzida ao nível da inocência de um bebê. Assim, no estado de samadhi, você é um bebê. Um bebê não pode falar da diferença entre um homem e uma mulher porque ele não tem distinção física ou sexual. Ele não pode distinguir um estudioso de um idiota, ele não pode nem mesmo ver qualquer a diferença entre uma serpente e uma corda. Ele pode segurar uma cobra como segura uma cobra. Isso só acontece quando a união está acontecendo.Quando Shiva e Shakti descem para os planos grosseiros, que é o mooladhara chakra, eles se separam e vivem como duas entidades. Há dualidade no mooladhara chakra, há dualidade na mente e sentidos e no mundo de nomes e formas, mas não há dualidade no samadhi. Não há nenhuma vidência ou experiência no estado de samadhi. Não há ninguém para dizer como o samadhi porque ele é uma experiência não-dual.É muito difícil entender por que Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos brutos após terem atingindo a mais elevada união. Qual é o objetivo da destruição do mundo e a criação novamente? Qual é o objetivo de transcendência da consciência se você tem de voltar para ele novamente? Por que se preocupar em despertar Kundalini e uni-la com Shiva no sahasrara se você tem de voltar para o mooladhara novamente? Isto é algo muito misterioso e podemos perguntar, "Por despertar Kundalini absolutamente?" Por que construir uma mansão se você sabe que terá de pô-la abaixo quando ela estiver concluída? Na verdade, criamos um monte de coisas que serão destruídas. Então, porque fazê-lo absolutamente? Fazemos muita sadhana para transcender os chakras e ascender da terra para o céu. Então, quando chegamos ao paraíso e nos tornamos um com a grande realidade, de repente decidimos voltar para baixo. E não só, nós trazemos a grande unidade conosco. Seria mais fácil entender se Shakti voltasse sozinha e Shiva permanecesse no céu. Talvez, quando Shakti está prestes a sair, Shiva diga: "Espere, estou indo com você."Quando Shiva e Shakti descem aos níveis mais grosseiros da consciência, há a dualidade novamente. Isso é porque o homem auto-realizado é capaz de compreender a dor e todos os assuntos da vida mundana. Ele compreende todo o drama da dualidade, multiplicidade e diversidade. Às vezes nós, simples mortais, estamos em um dilema para compreender como este homem, como a mais elevada realização, é capaz de lidar com as dualidades sem esperanças da vida.”

Satyananda Saraswati
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“Essas duas histórias - a do lado de dentro e a do lado de fora - podem ser contadas sobre cada um de nós. Ao chamá-las de 'histórias' não pretendo diminuí-las. Algumas são, apesar de tudo, verdadeiras. O problema é que temos muita dificuldade em ver como ambas as histórias que contamos sobre nós podem ser verdadeiras. O efeito da segunda história, aquela contada do lado de fora, parece uma drástica realocação do nosso papel na trama. Longe de sermos o personagem principal da história, estamos reduzidos a um figuração. A história do lado de dentro gira ao nosso redor, mas na outra história cada um de nós é apenas um simples personagem em meio a muitos outros, um personagem cuja entrada em cena é determinada por outras pessoas e que não tem nenhum controle real sobre a hora da sua saída do palco. As coisas que impulsinam nossas vidas, as coisas que queremos, nossos planos, projetos e metas - aquilo que podemos chamar de nossa motivação - são o resultado de forças que não controlamos. Aparentemente, nosso papel foi escrito por outra pessoa. Temos pouco controle sobre o seu conteúdo e não temos a menos ideia de qual é o seu sentido.O choque das duas histórias é às vezes chamado de condição humana.”

Mark Rowlands
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