“Pela grossura da camada de pó que cobre a lombada dos livros de uma biblioteca pública pode medir-se a cultura de um povo.”
“...um homem tem de ter qualquer coisa a que se ligue, qualquer coisa que ele possa estar certo de encontrar lá de manhã.”
“Porque se dice que los humanos no se satisfacen jamás, que se les da una cosa y siempre quieren algo más. Y se dice esto con erróneo desprecio, ya que es una de las mayores virtudes que tiene la especie y que la hace superior a los animales que se dan por satisfechos con lo que tienen.”
“Kino escuchó el leve romper de las olas de la mañana en la playa. Era estupendo...Kino volvió a cerrar los ojos y atendió a su música interior. Quiza sólo él hiciera eso, y quizá lo hiciera toda su gente. Los suyos habían sido una vez grandes creadores de canciones, hasta el punto de que todo lo que veían o pensaban o hacían u oían, se convertía en canción...”
“Esse é um dos paradoxos mais tristes da minha vida: quase tudo o que tenho escrito, foi escrito para alguém que não me pode ler, e mesmo este livro não passa de uma carta para uma sombra [22].”
“A vida não se governa pela vontade ou pelas intenções. É uma questão de nervos, de fibras, de células lentamente elaboradas, onde se oculta o pensamento e onde as paixões têm seus sonhos. Tu podes te acreditar salvo e forte; mas um tom de cor entrevisto no aposento, um céu matinal, um certo perfume que amaste e te desperta sutis recordações, um verso de um poema esquecido que te volta à memória, uma frase musical que não tocas mais, é de tudo isto, Dorian, asseguro-te, que depende a nossa existência.”
“Quando se segue um caminho, rumo a uma mudança na nossa vida, não vale a pena parar para cheirar as rosas, digam os famosos livros de auto-ajuda o que disserem. As rosas têm espinhos, e cheirá-las pode ter muito maus resultados. Uma pessoa pode auto-mutilar-se ao fim de anos sem o fazer e acabar por passar a noite no chão da casa de banho, demasiado fraca para se mexer. Parar para cheirar as rosas pode enterrar essa pessoa debaixo de toneladas de memórias de tempos e de coisas que fez que preferia esquecer. Pode acabar por se lembrar que tem um propósito na vida e obrigar-se a voltar ao plano inicial, sabendo, no entanto, que, se não se tivesse distraído com as rosas, já poderia ter alcançado os seus objectivos.”