“ - O amor não se prova, nem se mede. É como Gabriela. Existe, isso basta - falou João Fulgêncio. - O facto de não se compreender ou explicar uma coisa não acaba com ela. Nada sei das estrelas, mas as vejo no céu, são a beleza da noite.”
“O amor não se prova, nem se mede. É como Gabriela. Existe, isso basta. O fato de não compreender ou explicar uma coisa não acaba com ela. Nada sei das estrelas, mas as vejo no céu, são a beleza da noite.”
“Isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.”
“Conheço pessoas, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome não se aplica? O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio? Isso é bom, mas não se deve fazer dele uma virtude ou uma profissão de fé. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor não tem uma fronteira traçada pelo ódio."Ursula K. Le Guin, no ótimo "A Mão Esquerda da Escuridão".”
“A Hazel é diferente. Ela caminha com leveza, velhote. Caminha com leveza sobre a Terra. A Hazel sabe a verdade: Somos tão capazes de magoar o universo como de o ajudar, e não é provável que façamos qualquer uma das coisas. As pessoas dirão que é triste que ela deixe uma cicatriz menor, que menos pessoas a recordarão, que ela foi profundamente amada mas de modo menos amplo. Mas não é triste, Van Houten. É triunfante. É heroico. Não será isso o verdadeiro heroísmo? Como dizem os médicos: Em primeiro lugar, não faças mal.Seja como for, os verdadeiros heróis não são as pessoas que fazem coisas; os verdadeiros heróis são as pessoas que reparam nas coisas, que prestam atenção (...)Que mais? Ela é tão bonita. Uma pessoa não se cansa de olhar para ela. Nunca se preocupa se ela é mais esperta do que nós. Sabemos que é. É engraçada sem nunca ser maldosa. Eu amo-a. Tenho tanta sorte por amá-la, Van Houten. Não podemos escolher se somos ou não magoados neste mundo, velhote, mas temos algo a dizer sobre quem nos magoa. Eu gosto das minhas escolhas. Espero que ela goste das dela.Gosto, Augustus.Gosto.”
“Se tenta compensar o horror com beleza, mas as coisas não se anulam, apenas se somam ainda mais; sobrepondo-se umas as outras, esmagando-as, triturando-as.”