“Quantas mulheres teve o professor?Uma. Já te disse.Mentira. Está a mentir-me outra vez. O professor é um mentiroso compulsivo.Sou. Tens toda a razão. A verdade, quanto a mim, está muito sobrevalorizada. Mas neste caso, princesa, podes acreditar. Todas as mulheres que tive, e tive muitas, foram apenas variações imperfeitas da primeira.”

José Eduardo Agualusa

José Eduardo Agualusa - “Quantas mulheres teve o...” 1

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“Hoje sabemos que dia é o nosso, amanhã quem o dirá, Emprestam-te uma espingarda, mas nunca te disseram que a apontasses ao latifúndio, Toda a tua instrução de mira e fogo está virada contra o teu lado, é para o teu próprio e enganado coração que olha o buraco do cano da tua arma, não percebes nada do que fazes e um dia dão-te voz de atirar, e matas-te”

José Saramago
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“porque quando o resto desaparecer, é isso que vai ficar. amo - te. { ... } raios, é uma coisa que vais ter de engolir de uma vez por todas. amo - te, e nunca esperei sentir isto por ninguém. mas é verdade.”

Nora Roberts
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“Houve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros no coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo. Então não se consegue parar. Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse no ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar. Sei perfeitamente o que ele queria dizer. Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo. Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu.”

Manuel Alegre
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“Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre a sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço.”

Carlos Ruiz Zafon
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“(...) o peso da dor nada tem que ver com a qualidade da dor. A dor é o que se sente. Nada mais. Desisto definitivamente de me iludir com a minha força de adulto sobre o peso de uma amargura infantil. Exactamente porque toda a vida que tive sempre se me representa investida da importância que em cada momento teve. Como se eu jamais tivesse envelhecido. Exactamente porque só é fútil e ingénua a infância dos outros - quando se não é já criança.”

Vergílio Ferreira
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