“Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória.”

José Saramago

José Saramago - “Fisicamente, habitamos um espaço, mas...” 1

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“A memória como uma maldição. Caímos na eternidade e a memória é um peso, continua a prender-nos em qualquer ponto para onde nunca poderemos voltar.”

José Luis Peixoto
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“Que escrúpulo pode ter uma mulher em beijocar um terceiro entre os lençóis conjugais, se o mundo chama a isso sentimentalmente um romance, e os poetas o cantam em estrofes de ouro?”

José Maria Eça de Queirós
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“Além disso, somos individualmente o produto de forças que não escolhemos e que mal compreendemos. Não escolhemos nossos pais nem a época em que nascemos, e assim recebemos uma determinada herança genética sobre a qual não temos controle algum, mas que, até um ponto significante, tem controle sobre nós. Essa herança determina, em parte, as doenças a que somos suscetíveis e os limites de nossas capacidades intelectuais, atléticas e morais. Talvez não totalmente, mas o suficiente. Nascemos num ambiente que vai preencher o pouco espaço que sobra do que foi determinado geneticamente, um ambiente que, novamente, não escolhemos e sobre o qual mal temos controle, pelo menos durante nossos anos de formação. A maneira como somos e aquilo que fazemos são resultados de nossos genes e nosso ambiente, que, juntos, exercem em nós uma influência que compreendemos de forma bastante nebulosa. Era isso que os filósofos existencialistas, com Jean-Paul Sartre, por exemplo, queriam dizer quando afirmavam que somos jogados no mundo.”

Mark Rowlands
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“O amor perdido não deixa de ser amor. Apenas assume uma forma diferente. Não conseguimos ver o sorriso da pessoa amada, ou levar-lhe comida, ou mexer-lhe nos cabelos, ou rodopiar com ela numa pista de dança. Mas quando esses sentimentos enfraquecem, há outro que se sublime. A memória. A memória torna-se nossa companheira. Alimenta-nos. A vida tem um fim. Mas o Amor não.”

Mitch Albom
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“A cronologia da infância não segue uma linha reta, mas é feita de sobressaltos. A memória é um espelho opaco e estilhaçado, ou melhor, é feita de conchas intemporais de lembranças espalhadas numa praia de esquecimento. Sei que aconteceram muitas coisas naqueles anos, mas tentar recordá-las é tão desesperador como tentar lembrar um sonho, um sonho que deixou em nós uma sensação, mas nenhuma imagem, uma história sem história, vazia, da qual resta apenas um vago estado de espírito. As imagens se perderam. Os anos, as palavras, as brincadeiras, as carícias se apagaram, e no entanto, de repente, rememorando o passado, alguma coisa volta a se iluminar na sombria região do esquecimento [153].”

Hector Abad
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