“O drama não é que as pessoas tenham opiniões, mas sim que as tenham sem saber do que falam.”
“O problema não é um Deus que não existe, mas a religião que O proclama!”
“É bem certo que o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las.”
“Assim é, mas a vantagem da igreja é que, embora às vezes o não pareça, ao gerir o que está no alto, governa o que está em baixo.”
“Vivemos num determinado lugar, mas habitamos outros lugares. Eu vivo aqui em Lisboa quando cá estou, vivo em Lanzarote quando lá estou. Mas habitar, habitar, habito naquilo que seria – ou é – a aldeia. Não se trata, porém, desta aldeia, antes a aldeia da minha memória. Não quer dizer que aquela terra que lá está não tenha sentido sem o sentido que eu lhe dei. Tudo muda, tudo se transforma, as pessoas que lá vivem não têm culpa, mas tenho que dizer que, quando penso na Azinhaga, não penso na Azinhaga de hoje.”
“O que eu quero é que o leitor, quando se encontrar com um livro meu, quando o ler e chegar ao final, possa dizer: conheci a pessoa que escreveu isto. Embora não defenda um confessionalismo na literatura, me interessa dizer: aqui estou eu, e isto é o que eu penso, isto é o que eu sinto.”
“Como vão esses amores, perguntou Marçal, Pobre Isaura, pobre pai, Por que dizes pobre Isaura, pobre pai, Porque está claro que ela o quer, mas não consegue passar por cima da barreira que ele levantou, E ele, Ele, ele é uma vez mais a história das duas metades, há uma que provavelmente não pensa senão nisso, E a outra, A outra tem sessenta e quatro anos, a outra tem medo, Realmente, as pessoas são muito complicadas, É verdade, mas se fôssemos simples não seríamos pessoas.”