“(...) o espírito não vai a lado nenhum sem as pernas do corpo, e o corpo não seria capaz de mover-se se lhe faltassem as asas do espírito.”
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".”
“Vivem em nós inúmeros, se penso ou sinto, ignoro quem é que pensa ou sente, sou somente o lugar onde se pensa e sente e, não acabando aqui, é como se acabasse, uma vez que para além de pensar e sentir não há mais nada.”
“Não é viver muito, que é a aspiração humana. Viver eternamente seria estar condenado a uma velhice eterna. Salvo se o tempo parasse.”
“Podemos fugir de tudo, não de nós próprios.”
“Vivemos num determinado lugar, mas habitamos outros lugares. Eu vivo aqui em Lisboa quando cá estou, vivo em Lanzarote quando lá estou. Mas habitar, habitar, habito naquilo que seria – ou é – a aldeia. Não se trata, porém, desta aldeia, antes a aldeia da minha memória. Não quer dizer que aquela terra que lá está não tenha sentido sem o sentido que eu lhe dei. Tudo muda, tudo se transforma, as pessoas que lá vivem não têm culpa, mas tenho que dizer que, quando penso na Azinhaga, não penso na Azinhaga de hoje.”