“Tentei não fazer nada na minha vida que envergonhasse a criança que fui.Quando me for deste mundo, partirão duas pessoas. Sairei de mão dada, com essa criança que fui.”
“Tentei não fazer nada na vidaque envergonhasse a criança que fui.”
“Talvez seja sempre a pimenta que torna as pessoas esquentadas [...] e o vinagre que as torna azedas... e a camomila que as torna amargas... e... o caramelo e essas coisas que tornam as crianças suaves. Só queria que as pessoas soubessem disto: não seriam tão sovinas com bomboms...”
“Sempre quis saber o que aconteceu com as crianças depois que voaram para longe...Eram apenas gente de mentira, não de verdade.Mas não significa que não tenham histórias.”
“Nostalgia por saber que muito provavelmente nunca mais regressaria ali. Esta constatação confrontava-me com os limites da minha própria existência, com aquilo que não terei tempo de fazer ou voltar a fazer ao longo do resto da minha vida.”
“(...) o peso da dor nada tem que ver com a qualidade da dor. A dor é o que se sente. Nada mais. Desisto definitivamente de me iludir com a minha força de adulto sobre o peso de uma amargura infantil. Exactamente porque toda a vida que tive sempre se me representa investida da importância que em cada momento teve. Como se eu jamais tivesse envelhecido. Exactamente porque só é fútil e ingénua a infância dos outros - quando se não é já criança.”