“Se é certo que a vida é breve e frágil, também é verdade que a dignidade e a coragem lhe conferem a vitalidade que nos faz suportar os seus enganos e desditas”

Luis Sepúlveda

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“Duras são as sementes do Cusculí, mas irão trazer para os seus sonhos as bocas ansiosas que receberam o seu sabor agridoce no tempo do amor. Ásperas são as sementes do Urucuzeiro, mas a sua polpa vermelha adornou as caras e os corpos das eleitas. Dolorosas são as sementes da Yahuasca, porque talvez assim disfarcem a doçura do licor que produzem e que bebido, com a ajuda dos velhos sábios, dissipa o tormento das dúvidas sem entregar as respostas, antes enriquecendo a ignorância do coração”


“Se na vida há uma coisa real e divina é a arte - e na arte se há um raio do céu é na música. Na música que nos vibra as cordas da alma, que nos acorda da modorra da existência a alma embotada. Oh! é tão doce sentir a voz vaporosa que trina, que nos enleva - e que parece que nos faz desfalecer, amar, e morrer!”


“Pensa-se de dia – a – dia. Se começamos a pensar no futuro, no nosso futuro pessoal, perdemos a coragem. E, de repente, lembramo-nos de todas as coisas que fizemos e que foram um desperdício de tempo… os minutos que desperdiçámos e que nunca podemos reaver. E apercebemo-nos de que o tempo é a coisa mais preciosa de todas. Porque o tempo é a vida. É a única coisa que nunca podemos recuperar. É possível perder uma rapariga e quem sabe voltar a conquistá-la… ou encontrar outra. Mas um segundo, este segundo, quando se vai, é irreversível.”


“Mas creio que é preciso evitar ver, nessas leis necessárias que nos permitem viver juntos, uma necessidade fundamental, primordial. Parece-me, na realidade, que não é necessário que este mundo exista, que não é necessário que estejamos aqui vivendo e morrendo. Já que somos apenas os filhos do acaso, a terra e o universo poderiam ter continuado sem nós, até à consumação dos séculos. Imagem inimaginável, a de um universo vazio e infinito, teoricamente inútil, que nenhuma inteligência poderia contemplar, que existiria sozinho, caos duradouro, abismo inexplicavelmente privado de vida. Talvez outros mundos, que não conhecemos, sigam assim seu curso inconcebível. Atração pelo caos que às vezes sentimos profundamente em nós mesmos.”


“O tempo faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento.”


“Uma criança recém-nascida, julga-se infinita. Não sabe onde é que acaba, onde é que tem os seus limites. Depois, descobre os pés e fica fascinada. É um bebé que se depara com os seus limites: Ah, é então aqui que finda o meu corpo. E, aos poucos, o mundo vai-se tornando maior, porque a criança se vai tornando mais pequena: antes era tudo e agora não vá além dos pés. Vai-se contraindo. O ego vai-se arrepiando num pontinho e deixando espaço para que as coisas possam existir à sua volta. Surge o Eu e o Tu. A criança cria essa distância, e o melhor que se pode esperar é que essa distância mantenha alguma proximidade. Mas tudo isto faz parte do crescimento, tal como faz parte do encolhimento e da expansão do universo.”