“(...) deito-me para sofrer menos, refugiada nas lembranças para não ter de tomar decisões na vida, mergulhar no passado para não enfrentar o futuro. Ou para entender o presente? É tão vazio o meu presente. O conflito, por menor que seja, hoje em dia desgasta-me demasiado. Prefiro vegetar.”

Lya Luft
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“Os meus olhos deviam ter a mesma expressão nos últimos anos, mas nunca notei. Bem que me olhava no espelho para ver que cara a pessoa tem quando sofre muito, mas era sempre o meu rosto. Cada vez mais achava que devia ter mudado muito, não se podia ser a mesma depois de tanta coisa, de tanta dor. Contudo, era eu.”


“Porque não morremos num período assim? Antes que tudo se comece a esboroar. Nem sei se é no fundo ou na superfície que começa a erosão. A primeira tristeza não partilhada. A primeira solidão em que se vira as costas e, ao voltar, já não se encontra a presença reconfortante. Apenas outra solidão, de costas. A consciência alerta: está a acabar, está a acabar. Talvez não ainda o amor, mas a alegria está a acabar. O resto vem depois. O cortejo todo.”


“Assim, quantas vezes, desperto e abandonado, não entrei pela noite dentro, aguardando não bem a madrugada nem o meu sono final, mas o vazio absoluto de um nunca mais para o passado e para o futuro.”


“No dia em que for possível à mulher amar na totalidade, não na sua fraqueza, não para fugir de si mesma mas para se encontrar, não para se demitir mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal”


“Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!Hoje já não faço anos.Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...”


“Senti tão intensamente o momento que o consumi por completo de uma vez só. E dele não sobreviveu lembrança alguma para vagar em minha memória.”