“Que importa a gramática de raiz latina quando duas bocas estão demasiado próximas para que qualquer vocábulo possa ser dito?”
“--¿Qué es ser hombre, para vos?--Es muchas cosas, pero para mí... bueno, lo más lindo del hombre es eso, ser lindo, fuerte, pero sin hacer alharaca de fuerza, y que va avanzando seguro. Que camine seguro, como mi mozo, que hable sin miedo, que sepa lo que quiere, adonde va, sin miedo de nada.”
“-Para onde é que vai o Kurika quando morrer, perguntou-me certo dia a minha filha, depois de um dos ataques do cão.-Para onde vamos todos nós.-Mas para onde?-Talvez o Kurika saiba. Eu não”
“Poema de becoQue importa a paisagem, a Glória, a baíaa linha do horizonte?-O que vejo é o beco.”
“Además, confesar un hecho es dejar de ser el actor para ser el testigo, para ser alguien que lo mira y lo narra y que ya no lo ejecutó.”
“Houve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros no coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo. Então não se consegue parar. Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse no ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar. Sei perfeitamente o que ele queria dizer. Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo. Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu.”
“Rosário nunca pensara na felicidade apenas como uma consequência natural das coisas boas que se fazem. Tal como a maioria das pessoas, sempre viu a felicidade como um objectivo por si mesma. E, tal como essa maioria das pessoas, não tinha percebido que, quando encarada como um objectivo, a felicidade torna-se demasiado grande para caber nas coisas que se fazem e passa a assombrar todas as coisas que se querem. A obsessão afasta a felicidade do coração. Ignoram-se coisas boas, porque um coração obcecado acha-as insuficientes. E, infelizmente, um coração obcecado pode não ver a felicidade quando ela está mesmo ali ao lado. Ou à sua frente.”