“As colinas da universidade e do palácio eram as duas maiores de Akdaba e ficavam estrategicamente em frente uma da outra, como se a Política e o Saber quisessem controlar-se à distância ou - quem sabe? - manter-se ao mesmo nível.”

Margarida Góis

Margarida Góis - “As colinas da universidade e do...” 1

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“Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive 'para' a política ou se vive 'da' política. Nessa oposição não há nada de exclusivo. Muito ao contrário, em geral se fazem uma e outra coisa ao mesmo tempo, tanto idealmente quanto na prática”

Max Weber
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“Olharam-se nos olhos, como se estivessem nus, um frente ao outro. Despidos e frágeis, como se está sempre diante da possibilidade do amor. Em frente da certeza de que o amor começa a morrer no preciso instante em que dizemos, amo-te. O amor é apenas esse momento.”

Joaquim Mestre
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“A maioria das pessoas não tem qualquer interesse real em conhecer a verdade das coisas (mesmo que digam ou finjam o contrário), como se pode constatar facilmente a partir da forma como pensam e vivem as suas vidas. A atitude natural mais comum entre os seres humanos relativamente às questões fundamentais, ou bem que consiste em assumir inconscientemente tê-las resolvido a priori, ou então em acreditar comodamente que não têm solução, sem qualquer necessidade de uma justificação racional e objectiva para o efeito, como se a verdade fosse uma questão de gosto, opinião ou preferência pessoal, ou como se se tratasse de uma escolha subjectiva que cada um livremente pudesse fazer à medida dos seus desejos, interesses e necessidades, e não objecto de uma descoberta racional e objectiva que todos devem fazer, se quiserem realmente saber a verdade. É por isso que questões como a da existência de Deus ou do sentido da vida ficam assim sujeitas ao capricho arbitrário da subjectividade pessoal, das crenças e opiniões particulares, preferindo uns acreditar que sim e outros que não, uns numa coisa e outros noutra, muitas vezes pelas mesmíssimas razões, porque dá jeito e é preciso acreditar em alguma coisa que nos dê certezas e a segurança ilusória de que sabemos muito bem quem somos, donde vimos, para onde vamos e o que fazemos aqui. É claro que isto pode resolver o problema subjectivo de acreditar ou não naquilo que nos convém, mas não resolve o problema objectivo de saber qual é afinal a verdade das coisas.”

João Carlos Silva
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“Lá não se diz ama; é querem-se. "Querem-me" é outra coisa; é amalgamarem-se num só ser, em uma só vontade, numa identidade de alma e corpo tal, e tão uma que nem sequer cogitam se há desgraça com força de desuni-los aquém da morte. E para lá da sepultura ainda eles têm como segura a vida imortal em união de penas ou glórias.”

Camilo Castelo Branco
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“O pilar e o anel em forma de círculo representam os princípios masculino e feminino. Na Grécia antiga o pilar era o "hérnia" que ficava do lado de fora da casa representando Hermes, enquanto a lareira redonda no interior simbolizava Héstia. Na índia e em outras partes do leste, o pilar e o círculo ficam "copulados". O lingam, ou símbolo fálico, penetra o yoni ou anel feminino, o qual se estende sobre ele como num jogo infantil de arremesso de argolas. Lá o pilar e o círculo juntavam-se, enquanto os gregos e os romanos conservavam esses mesmos dois símbolos de Hermes e Héstia relacionados, mas à parte. Para enfatizar mais essa separação, Héstia é uma deusa virgem que nunca será penetrada, como também a mais velha deusa olímpica. Ela é tia solteirona de Hermes considerado como o mais jovem deus olímpico - uma união altamente improvável. Desde os tempos gregos as culturas ocidentais têm enfatizado a dualidade, uma divisão ou diferenciação entre masculino e feminino, mente e corpo, logos e eros, ativo e receptivo, que depois se tornaram valores superiores e inferiores, respectivamente. Quando Héstia e Hermes eram ambos honrados nos lares e templos, os valores femininos de Héstia eram os mais importantes, e ela recebia as mais altas honras. Na época havia uma dualidade complementar. Héstia desde então foi desvalorizada e esquecida. Seus fogos sagrados não são mais cuidados e o que ela representa não é mais honrado. Quando os valores femininos de Héstia são esquecidos e desonrados, a importância do santuário interior, interiorização para encontrar significado e paz, e da família como santuário e fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. Além disso, o sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como desaparece também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum. Num nível místico, os arquétipos de Héstia e de Hermes se relacionam através da imagem do fogo sagrado no centro. Hermes-Mercúrio era o espírito alquímico Mercúrio, imaginado como fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento místico, simbolicamente localizado no centro da Terra. Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido.”

Jean Shinoda Bolen
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