“His future now was all horizon”

Mário de Sá-Carneiro
Time Neutral

Explore This Quote Further

Quote by Mário de Sá-Carneiro: “His future now was all horizon” - Image 1

Similar quotes

“His body and his soul appeared to have the strange ability to repel the hours, just as, inversely, a magnet attracts metal. Everything spun about him and fled; he was always the sole centre of an enormous circumference. He kept moving forwards, body and soul, in the hope of coming close to what fled at his approach. The same thing happened with time – his position remained constant in relation to the thing which, however hard he tried to clasp it to him, stole away from him and bounded into the distance. He was the one who had no incriminating papers in his drawers, who could show his diary to anyone. He was a creator. Perhaps that was why his life did not exist”


“Um artista pode sofrer muito, ser muito infeliz até à morte. Acredito mesmo que entre os artistas se enfileirem alguns dos grandes desgraçados da terra. No entanto, na desventura dum artista - por amarga que ela tenha sido - brilhou sempre um raio de sol. A sua desgraça não foi com certeza a duma existência vazia e desoladora - que é a maior e mais real miséria deste mundo.”


“O menino dorme. Tudo o mais acabou”


“-Ouve esta música? É a expressão da minha vida: uma partitura admirável, estragada por um horrível, por um infame executante...”


“ (...) o artista, quando olhava para a sua infância, sofria uma saudade tão grande, um enternecimento tão comovido... Só nessa época ele fora feliz - tivera tudo. E porquê? Percebera-o nitidamente nesse instante (...): É que, na infância, não possuímos ainda o sentido da impossibilidade; tanto podemos cavalgar um leão como uma abelha...”


“(...) Eu consegui variar a existência - mas variá-la quotidianamente. Eu não tenho só tudo quanto existe - percebe? - ; eu tenho também tudo quanto não existe. (Aliás, apenas o que não existe é belo.) Eu vivo horas que nunca ninguém viveu, horas feitas por mim, sentimentos criados por mim, voluptuosidades só minhas - e viajo em países longínquos, em nações misteriosas que existem para mim, não porque as descobrisse, mas porque as edifiquei. Porque eu edifico tudo. Um dia hei-de mesmo erguer o ideal - não obtê-lo, muito mais: construí-lo. E já o entrevejo fantástico... e todo esguio... todo esguio... a extinguir-se em altura azul... (...)De resto, é evidente, faltam-me as palavras para lhe exprimir as coisas maravilhosas que não existem... Ah! O ideal... o ideal... Vou sonhá-lo este noite... Porque é sonhando que eu vivo tudo. Compreende? Eu dominei os sonhos. Sonho o que quero. Vivo o que quero.”