“Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde, tudo muda de dono.”

“A rua dos cataventosDa vez primeira em que me assassinaram,Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.Depois, a cada vez que me mataram,Foram levando qualquer coisa minha.Hoje, dos meu cadáveres eu souO mais desnudo, o que não tem mais nada.Arde um toco de Vela amarelada,Como único bem que me ficou.Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!Pois dessa mão avaramente aduncaNão haverão de arracar a luz sagrada!Aves da noite! Asas do horror! Voejai!Que a luz trêmula e triste como um ai,A luz de um morto não se apaga nunca!”

“Dupla DelíciaO livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.”

“A diferençaO que eles chamam de nossos defeitos é o que nós temos de diferente deles. Cultivemo-los pois, com o maior carinho - esses nossos benditos defeitos.”

“No fim tu hás de ver que as coisas mais leves sãp as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo,um carinho no momento preciso, o folhear de um livro, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...”

“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!”

“Há uns que morrem antes; outros depois. O que há de mais raro, em tal assunto, é o defunto certo na hora exata.”