“Você obtém um pouco de sossego mental quando aquilo que você quer é também o que você deve e é aquilo que você pode. Você não deixa de ter dilemas, mas é preciso ter como razão central a integridade.”
“A vida é como um livro, filho. E todo livro tem um fim. Não importa o quanto você goste do livro você vai chegar na última página e ele vai terminar. Nenhum livro é completo sem o fim. E quando você chega lá somente quando você lê as últimas palavras é que você vê como o livro é bom. Ele parece mais real.”
“Escrever é bem parecido com cozinhar. Algumas vezes o bolo não cresce, não importa o que você faça, e em outras fica mais gostoso do que você jamais poderia ter sonhado.”
“Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...Mostre aquilo que você é, sem medo.Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.Procure o que há de bom em tudo e em todos.Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...Você já tornou alguém feliz hoje?Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.Ei! Você... não vá embora.Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.”
“Você está tão ocupada sendo você mesma que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é.”
“Você, Lord Byron, é inteligente também, mas uma inteligência fina, penetrante, como aço, como uma espada. Ao contrário de mim, você é mais capaz de se fazer amado do que de amar. Sua lógica é irresistível, mas impiedosa, irritante. É desses remédios que matam a doença e o doente. Você tem sentimento poético, e muito — no entanto é incapaz de escrever um verso que preste. Por quê? Sei lá. Há qualquer coisa que te contém, que te segura, como uma mão. Sua compreensão do mundo, da vida e das coisas é surpreendente, seu olho clínico é infalível, mas você é um homem refreado, bem comportado, bem educado, flor do asfalto, lírio de salão, um príncipe, o nosso Príncipe de Gales, como diz o Hugo. Tem uma aura de pureza não conspurcada, mas é ascético demais, aprimorado demais, debilitado por excesso de tratamento. Não se contamina nunca, e isso humilha a todo mundo. É esportivo, é atlético, é saudável, prevenido contra todas as doenças, mas, um dia, não vai resistir a um simples resfriado: há de cair de cama e afinal descobrir que para o vírus da gripe ainda não existe antibiótico. — Opinião de estudante de Medicina — e Eduardo pro- curava ocultar seu ressentimento com um sorriso. — Você, agora.(...)— E você, Eduardo. Você, o puro, o intocado, o que se preserva, como disse Mauro. Seu horror ao compromisso porque você se julga um comprometido, tem uma missão a cumprir, é um escritor. Você e sua simpatia, sua saúde... Bem sucedido em tudo, mas cheio de arestas que ferem sem querer. Seu ar de quem está sempre indo a um lugar que não é aqui, para se encontrar com alguém que não somos nós. Seu desprezo pelos fracos porque se julga forte, sua inteligência incômoda, sua explicação para tudo, seu senso prático — tudo orgulho. O orgulho de ser o primeiro — a vida, para você, é um campeonato de natação. Sua desenvoltura, sua excitação mental, sua fidelidade a um destino certo, tudo isso faz de você presa certa do demônio — mesmo sua vocação para o ascetismo, para a vida áspera, espartana. Você e seus escritores ingleses, você e sua chave que abre todas as portas. Orgulho: você e seu orgulho. De nós três, o de mais sorte, o escolhido, nosso amparo, nossa esperança. E de nós três, talvez, o mais miserável, talvez o mais desgraçado, porque condenado à incapacidade de amar, pelo orgulho, ou à solidão, pela renúncia. Hugo não disse mais nada. E os três, agora, não ousavam levantar a cabeça, para não mostrar que estavam chorando. O garçom veio saber se queriam mais chope, ninguém o atendeu. Alguém soltou uma gargalhada no fundo do bar. Lá fora, na rua, um bonde passou com estrépito.”