“Toda vez que você vai ao zoológico, você prolonga o cativeiro dos animais que estão presos lá! Se ninguém vai para os jardins zoológicos, não haverá jardins zoológicos! Destruir o mal é muito simples, e está na sua mão!”

Mehmet Murat ildan

Mehmet Murat ildan - “Toda vez que você vai ao...” 1

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“A vida é como um livro, filho. E todo livro tem um fim. Não importa o quanto você goste do livro você vai chegar na última página e ele vai terminar. Nenhum livro é completo sem o fim. E quando você chega lá somente quando você lê as últimas palavras é que você vê como o livro é bom. Ele parece mais real.”

Gabriel Bá
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“Você, Lord Byron, é inteligente também, mas uma inteligência fina, penetrante, como aço, como uma espada. Ao contrário de mim, você é mais capaz de se fazer amado do que de amar. Sua lógica é irresistível, mas impiedosa, irritante. É desses remédios que matam a doença e o doente. Você tem sentimento poético, e muito — no entanto é incapaz de escrever um verso que preste. Por quê? Sei lá. Há qualquer coisa que te contém, que te segura, como uma mão. Sua compreensão do mundo, da vida e das coisas é surpreendente, seu olho clínico é infalível, mas você é um homem refreado, bem comportado, bem educado, flor do asfalto, lírio de salão, um príncipe, o nosso Príncipe de Gales, como diz o Hugo. Tem uma aura de pureza não conspurcada, mas é ascético demais, aprimorado demais, debilitado por excesso de tratamento. Não se contamina nunca, e isso humilha a todo mundo. É esportivo, é atlético, é saudável, prevenido contra todas as doenças, mas, um dia, não vai resistir a um simples resfriado: há de cair de cama e afinal descobrir que para o vírus da gripe ainda não existe antibiótico. — Opinião de estudante de Medicina — e Eduardo pro- curava ocultar seu ressentimento com um sorriso. — Você, agora.(...)— E você, Eduardo. Você, o puro, o intocado, o que se preserva, como disse Mauro. Seu horror ao compromisso porque você se julga um comprometido, tem uma missão a cumprir, é um escritor. Você e sua simpatia, sua saúde... Bem sucedido em tudo, mas cheio de arestas que ferem sem querer. Seu ar de quem está sempre indo a um lugar que não é aqui, para se encontrar com alguém que não somos nós. Seu desprezo pelos fracos porque se julga forte, sua inteligência incômoda, sua explicação para tudo, seu senso prático — tudo orgulho. O orgulho de ser o primeiro — a vida, para você, é um campeonato de natação. Sua desenvoltura, sua excitação mental, sua fidelidade a um destino certo, tudo isso faz de você presa certa do demônio — mesmo sua vocação para o ascetismo, para a vida áspera, espartana. Você e seus escritores ingleses, você e sua chave que abre todas as portas. Orgulho: você e seu orgulho. De nós três, o de mais sorte, o escolhido, nosso amparo, nossa esperança. E de nós três, talvez, o mais miserável, talvez o mais desgraçado, porque condenado à incapacidade de amar, pelo orgulho, ou à solidão, pela renúncia. Hugo não disse mais nada. E os três, agora, não ousavam levantar a cabeça, para não mostrar que estavam chorando. O garçom veio saber se queriam mais chope, ninguém o atendeu. Alguém soltou uma gargalhada no fundo do bar. Lá fora, na rua, um bonde passou com estrépito.”

Fernando Sabino
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“Nas semanas que precederam sua instalação você viveu principalmente à noite. Você mantém seu ritmo e seus costumes por algum tempo. Já na terceira noite, você leva para lá uma mulher que conheceu vagamente, uma habitué do Moloko. Jamila tem vinte anos. Arrasta-se todas as noites pelas boates. Mora com uma tia, no subúrbio. Está com a gargante inflamada. Às cinco da manhã você lhe oferece sua hospitalidade. Ela preferiria que você a levasse para casa, mas você não tem mais carro. Durante a noite, você acaricia vagamente os seios dela. Ouve um grunhido sonolento. Não acontecerá mais nada. Transar com ela ou zelar por seu sono, tanto faz. Em ambos os casos você vai ter a ilusão de tê-la conhecido. Em todo caso, o álcool já lhe deu todas as satisfações do mundo. Você está com trinta e cinco anos, tem diplomas, um passado sólido, uma família burguesa que ela não tem. Mas ela é uma náufraga como você. Para ela, o fracasso é um dado social insuperável que ela sem dúvida arrastará consigo a vida inteira. Para você, é um abismo luxuoso e provisório.”

Pierre Mérot
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“Uma criança recém-nascida, julga-se infinita. Não sabe onde é que acaba, onde é que tem os seus limites. Depois, descobre os pés e fica fascinada. É um bebé que se depara com os seus limites: Ah, é então aqui que finda o meu corpo. E, aos poucos, o mundo vai-se tornando maior, porque a criança se vai tornando mais pequena: antes era tudo e agora não vá além dos pés. Vai-se contraindo. O ego vai-se arrepiando num pontinho e deixando espaço para que as coisas possam existir à sua volta. Surge o Eu e o Tu. A criança cria essa distância, e o melhor que se pode esperar é que essa distância mantenha alguma proximidade. Mas tudo isto faz parte do crescimento, tal como faz parte do encolhimento e da expansão do universo.”

Afonso Cruz
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“Vocês foram injustiçadas em muitos períodos pela estupidez, machismo e prepotência dos homens. E vocês cuidaram de nós carinhosamente, seja no seu útero biológico seja no útero social. Agora, novamente, vocês estão sendo maltratadas e controladas, Só que desta vez no cerne da sua psique. Não permitam. Vejam-se belas. Sintam-se belas. Não se comparem a ninguém.”

Augusto Cury
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