“...não é a pose de bens que pode satisfazer um homem inteligente, que compreendeu em que mundo vive. Porque a inteligência reside nesse ponto: compreender em que mundo se vive!”
“Acho que o Santo Graal é um sonho que os homens têm, um sonho de que é possível tornar o mundo perfeito. Se ele existisse, todos nós teríamos sabido que o sonho não pode se transformar em realidade.”
“Mais do que a separação de corpos, o que pode dar fim a um amor é o distanciamento de percepções: um enxerga o mundo em cores, o outro em preto e branco.”
“Uma nação só vive porque pensa.Cogitat ergo est.A força e a riqueza não bastam para provar que uma nação vive de uma vida que mereça ser glorificada na história-como rijos músculos num corpo e ouro farto numa bolsa não bastam para que um homem honre em si a humanidade.”
“E por isso acreditava também na grande responsabilidade do livre-arbítrio. Se não houvesse livre-arbítrio, o homem não seria nada, não poderia aspirar a nenhuma dignidade, pois que não teria responsabilidade de que, se queremos que o mundo melhore, devemos fazer por onde ele melhore, já que o mundo é nosso, é do homem e a ele foi dado. Não se pode querer que Deus resolva os problemas do homem, porque, se o fizesse, retiraria do homem a responsabilidade e, por consequência, o livre-arbítrio.”
“Há quem confunda a alegria com a felicidade. A alegria não se parece com a felicidade, a não ser na medida em que um mar agitado se parece com um mar plácido. A água é a mesma, apenas isso. A alegria resulta de um entorpecimento do espírito, a felicidade de uma iluminação momentânea. O álcool pode levar-nos à alegria - ou um cigarro de liamba, ou um novo amor - porque nos obscurece temporariamente a inteligência. A alegria pode, pois, ser burra. A felicidade é outra coisa. Não ri às gargalhadas. Não se anuncia com fogo de artifício. Não faz estremecer estádios. Raras são as vezes em que nos apercebemos da felicidade no instante em que somos felizes.”