“O amor não se manisfesta pelo desejo de fazer amor ( esse se aplica a uma multidão), mas pelo desejo do sono compartilhado ( esse desejo diz respeito a um só).”
“Conheço pessoas, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome não se aplica? O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio? Isso é bom, mas não se deve fazer dele uma virtude ou uma profissão de fé. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor não tem uma fronteira traçada pelo ódio."Ursula K. Le Guin, no ótimo "A Mão Esquerda da Escuridão".”
“Entre eu e você o mundo entardece, obscurecido pelo desejo. Entre eu e você corpos evisceram, transtornados pelo desejo. Entre eu e você mais que diálogo, conjulgação; nós, dois vetores do desejo em um só, um só plasma inerte, entrópico e universal.”
“O amor perdido não deixa de ser amor. Apenas assume uma forma diferente. Não conseguimos ver o sorriso da pessoa amada, ou levar-lhe comida, ou mexer-lhe nos cabelos, ou rodopiar com ela numa pista de dança. Mas quando esses sentimentos enfraquecem, há outro que se sublime. A memória. A memória torna-se nossa companheira. Alimenta-nos. A vida tem um fim. Mas o Amor não.”
“O mundo não é uma fábrica de conceder desejos.”
“olhe, hoje é possível reviver o fascismo, quer saber. é possível na perfeição. basta ser-se trabalhador dependente. é o suficiente para perceber o que é comer e calar, e por vezes nem comer, só calar. vá espirar esses patrões por aí fora. conte pelos dedos os que têm no peito um coração a florescer de amor pelo proletariado. que porra de conversa comunista. mas não é possível deixar de ter conversas comunistas enquanto não se largar a merda das ideias do capitalismo de circo que está montado. um capitalismo de especulação no qual o trabalho não corresponde a riqueza e já nem a mérito, apenas a um fardo do qual há quem não se consiga livrar.”