“Somos todos mais místicos do que acreditamos ou queremos crer (...). Temos visto mais do que deixamos transparecer, até para nós mesmos. Seja em momentos de beleza ou dor, seja por meio de alguma reviravolta sutil em nossa vida, ao menos vislumbramos o que cegou os santos; só que, ao contrário dos santos, seguimos em frente como se nada tivesse acontecido. Seguir em frente ciente de que algo aconteceu, apesar de não ter certeza do que foi, nem do que fazer com o que ocorreu, é entrar na dimensão da vida de que trata a palavra religião.”