“Ouvem este murmúrio? Este murmúrio infindável? É o musgo a murmurar. São os mortos a conversar. É o que vão dizer as lendas. Os mortos e os mortos ainda vivos.”
“Procuramos memórias, visitamos as nossas vida.Desolador, não? Mas são assim os hábitos dos vivos.”
“E, assim, os seus pés pisam o chão deste mundo, procurando incansavelmente a sua razão de ser.”
“E segundo a moral dos homens? Certos actos nunca serão perdoados. Violação. Pedofilia. Tortura de crianças. Ausência de amor. A pena para isso é a vergonha eterna.”
“Onde começam e acabam os olhos de um morto, ninguém sabe. Morrer é virar Deus, olhos e ouvidos multiplicados em tudo o que é coisa e lugar, de tudo sabedor.”
“Embora não nos apercebamos disso, a Terra é um ser vivo constituído por biliões de seres vivos, as células, a Terra é um ser vivo constituído por biliões de seres vivos, a fauna e a flora. Por exemplo, se a temperatura mudar muito na Lua ou em Vénus, isso é indiferente para esses planetas, uma vez que estão ambos mortos, não passam de pedra e poeira. Tanto lhes faz que faça muito frio como muito calor, os planetas mortos são como esculturas de mármore. Mas as alterações térmicas não são indiferentes para a Terra, que se encontra viva e que, por isso, está constantemente a regular a sua temperatura e composição”
“O gato de Schröndinger é preso numa caixa com um mecanismo de morte acionado por um evento de mecânica quântica. Antes de abrirmos a tampa da caixa, não sabemos se o gato está vivo ou morto. O bom senso diz que, de qualquer jeito , o gato tem de estar ou vivo ou morto dentro da caixa. A interpretação de Copenhague contradiz o bom senso: tudo que existe antes de abrirmos a caixa é uma probabilidade. Assim que abrimos a caixa, a função de onda colapsa e ficamos com um evento isolado: o gato está morto ou o gato está vivo. Até que abramos a caixa, ele não estava nem morto nem vivo.”