“I- A Primeira Etapa da Leitura Analítica: Regras para Descobrir de que se Trata um Livro1. Classifique o livro de acordo com o tipo e o assunto2. Diga de que se trata todo o livro com a máxima concisão.3. Enumere as partes principais por ordem e segundo a relação que guardam entre si, e delineie essas partes da mesma forma que você delineou o todo.4. Defina o problema ou os problemas que o autor tentou resolver.II- A Segunda Etapa da Leitura Analítica: Regras para interpretar o Conteúdo de um Livro5. Assimile os termos do autor interpretando-lhe as palavras-chave.6. Aprenda as principais porposições do autor examinando-lhe os períodos mais importantes.7. Conheça os argumentos do autor, descobrindo-os nas sequências dos períodos ou construindo-os à base dessas sequências.8. Determine quais os problemas que o autor resolveu e quais os que não resolveu; e dentre estes, indique quais os que o autor sabia que não conseguiria resolver.III- A Terceira Etapa da Leitura Analítica: Regras para Criticar um Livro encarado sob o prisma da Comunicação de ConhecimentosA- Preceitos Gerais da Etiqueta Intelectual9. Não comece a crítica enquanto não completar o delineamentoe a interpretação do livro. (Não diga que concorda, discorda ou suspende o julgamento enquanto não puder dizer “Entendo”.)10. Não faça da discordância disputa ou querela.11. Demonstre que reconhece a diferença entre conhecimento e mera opinião pessoal apresentando boas razões para qualquer julgamento crítico que venha a fazer.B- Critérios Especiais para Tópicos de Crítica12. Mostre em que ponto o autor está desinformado.13. Mostre em que ponto o autor está mal informado.14. Mostre em que ponto o autor é ilógico 15. Mostre em que ponto a análise ou explanação do autor é incompleta.”

Mortimer Jerome Adler

Mortimer Jerome Adler - “I-     A Primeira Etapa da...” 1

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“Portanto - disse a Srta. Tilney -, a senhorita crê que os historiadores não são felizes ao deixar sua imaginação voar. Eles demonstram possuí-la, mas não conseguem despertar o interesse. Eu gosto de História, e não me importo de aceitar o que é falso junto com o que é verdadeiro. Para descrever os fatos principais, eles buscam informações em registros e em outros livros que são tão confiáveis, creio eu, quanto qualquer coisa que não se passe diante de nossos próprios olhos. E quanto aos pequenos adornos aos quais se refere, são apenas adornos, e gosto deles como tal. Se um discurso for bem escrito, eu o lerei com prazer, não importa quem seja o autor. E leio com mais prazer ainda se tiverem sido produzidos pelo Sr. Hume e pelo Sr. Robertson do que se fossem as palavras genuínas de Caractacus, Júlio Agrícola ou ALfredo, o Grande.”

Jane Austen
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“O inferno dos vivos não é uma coisa que virá a existir; se houver um, é o que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que nós formamos ao estarmos juntos. Há dois modos para não o sofrermos. O primeiro torna-se fácil para muita gente: aceitar o inferno e fazer parte dele a ponto de já não o vermos. O segundo é arriscado e exige uma atenção e uma aprendizagem contínuas: tentar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno, e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar.”

Italo Calvino
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“Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro: temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas: chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é que é o verdadeiro, porque é o único que não muda.”

Manuel Antônio de Almeida
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“O título [da peça Vladimir Maiakóvski, do autor de mesmo nome] escondia uma revelação brilhantemente simples, a de que o poeta não é o autor, mas o objeto da poesia lírica, dirigindo-se ao mundo na primeira pessoa. O título designava não o autor, mas o conteúdo.Boris Pasternak”

Solomon Volkov
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“Os livros de física podem ser complicados, mas eles, assim como os carros e os computadores, são produtos de objetos biológicos - cérebros humanos. Os objetos e os fenômenos que um livro de física descreve são mais simples que uma única célula do corpo de seu autor. E o autor consiste em trilhões de células, muitas delas diferentes umas das outras, organizadas com arquitetura intrincada e engenharia de precisão para formar uma máquina capaz de escrever um livro.”

Richard Dawkins
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