“O mineiro só é solidário no câncer.Atribuída a Otto Lara Resende no livro de mesmo nome.”
“Só o teu amor é o inimigo. Ti es ti, aínda que sexas un Montesco. ¿Que é un Montesco? Non é man, nin pé, nin brazo, nin cara, nin parte ningunha do corpo. ¡Cambia o nome!¿Que é un nome? O que chamamos rosa, con outro nome tería o mesmo recendo.Se Romeo non se chamase Romeo,conservaría a súa mesma perfección sen ese título. Romeo, rexeita ese nome que non forma parte de tie a cambio tómame a min.”
“Eu queria um dia escrever um livro. Eu não queria plantar uma árvore. Não queria um filho. Queria só um livro. Queria ler um livro que eu mesmo escrevesse. Um escritor disse uma coisa um dia. Eu não sei quem ele era. Só ouvi alguém dizer o que ele teria dito. Parecia arrogância, mas não era. Era auto-suficiência. Parece que perguntaram para ele o que ele lia, ou o quê ele estava lendo. “Quando quero ler um livro, eu mesmo o escrevo”. Eu queria ter dito isso. Eu queria poder escrever. Mas em mim só encontro o silêncio. E por isso, eu não sei escrever. Escrever, é claro que eu sei. Só não sei escrever um livro. Não consigo encontrar as palavras. Não consigo encontrar as palavras nas palavras. Só encontro minha voz, no que penso. Mas o que eu penso, ninguém ouve. O que eu penso é silêncio. Então eu me calo. O silêncio é minha voz.O silencio é a voz que eu calo.O silêncio é a voz que eu guardo.O silêncio, é lá onde eu moro.O silêncio sou eu.”
“Dupla DelíciaO livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.”
“Porque só se pode amar na perfeição, depois o amor perde o nome e é outra coisa.”
“O amor é isso mesmo meu caro Kafka. Tu é que andas sempre nas nuvens e experimentas todos esses sentimentos maravilhosos, do mesmo modo que só tu é que desces ao abismo mais profundo da angústia. E o teu corpo e a tua alma têm de suportar. Estás entregue a ti próprio.”