“fazia-mos coisas muito simples, como atirar estrelas-do.mar ao mar ou partilhar um hambúrguer, e já nessa altura eu sabia que era uma afortunada. Eras o primeiro tipo que não estava sempre a tentar impressionar-me. Aceitaras-te como eras, mas, mais do que isso, aceitavas-me por aquilo que eu era. O que importava era só nós os dois.”

Nicholas Sparks

Nicholas Sparks - “fazia-mos coisas muito simples, como...” 1

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“Ah, lei ladra, o poder da vida. Direitinho declaro o que, durando todo tempo, sempre mais, às vezes menos, comigo se passou. Aquela mandante amizade. Eu não pensava em adiação nenhuma, de pior propósito. Mas eu gostava de, dia mais dia, mais gostava. Diga o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego. Era ele estar por longe, e eu só nele pensava. E eu mesmo não entendia então o que aquilo era? Sei que sim. Mas não. E eu mesmo entender não queria. Acho que. Aquela meiguice, desigual que ele sabia esconder o mais de sempre. E em mim a vontade de chegar todo próximo, quase uma ânsia de sentir o cheiro do corpo dele, dos braços, que às vezes adivinhei insensatamente - tentação dessa eu espairecia, aí rijo comigo renegava. Muitos momentos. Conforme, por exemplo, quando eu me lembrava daquelas mãos, do jeito como se encostavam em meu rosto, quando ele cortou meu cabelo. Sempre.”

Guimarães Rosa
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“Eu queria um dia escrever um livro. Eu não queria plantar uma árvore. Não queria um filho. Queria só um livro. Queria ler um livro que eu mesmo escrevesse. Um escritor disse uma coisa um dia. Eu não sei quem ele era. Só ouvi alguém dizer o que ele teria dito. Parecia arrogância, mas não era. Era auto-suficiência. Parece que perguntaram para ele o que ele lia, ou o quê ele estava lendo. “Quando quero ler um livro, eu mesmo o escrevo”. Eu queria ter dito isso. Eu queria poder escrever. Mas em mim só encontro o silêncio. E por isso, eu não sei escrever. Escrever, é claro que eu sei. Só não sei escrever um livro. Não consigo encontrar as palavras. Não consigo encontrar as palavras nas palavras. Só encontro minha voz, no que penso. Mas o que eu penso, ninguém ouve. O que eu penso é silêncio. Então eu me calo. O silêncio é minha voz.O silencio é a voz que eu calo.O silêncio é a voz que eu guardo.O silêncio, é lá onde eu moro.O silêncio sou eu.”

Lourenço Mutarelli
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“Questionei-me quanto achariam os raptores que ele valia; quanto achariam os meus pais que eu valia e interroguei-me sobre se o valor das pessoas estava ligado a coisas como a bondade, a utilidade ou a disponibilidade para ajudar as pessoas menos afortunadas. Achei que era provável que o meu valor fosse superior quando era criança.”

Sarah Winman
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“Estava eu a dizer ao António que o cão não passa este inverno - declarou meu pai - para ele era uma sorte se morresse.- Não morre! - disse eu, aflito.Mas Tomás aproximara-se também:Que é que tu esperas do cão? Viveu, tem de morrer.Não havia ali, porém, uma acusação. Havia só o reconhecimento de uma evidência serena. Mas justamente para mim o que era evidente não era a morte, era a vida. Como podia o cão morrer? Como podia morrer a sua pessoa?”

Vergílio Ferreira
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“Só se a separássemos do resto do corpo, o que não era boa ideia. Por isso, o que o ponteiro vermelho indicava não era o peso da mão, mas a força que ela estava a fazer.”

João Ricardo Pedro
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