“SADEDesprezo essas manifestações da masaque giram em círculo vicioso(...)Desprezo todas essas boas intençõesque se perdem nas vielasdesprezo todos os sacrifíciosfeitos por alguma coisaSó acredito em mim mesmo.”
“Se eu não for a minha própria epopeia, terei vivido em vão. (...) Se em todos os meus versos não houver timbres da eternidade, terei desperdiçado o tempo dos Deuses em mim.”
“Do mesmo modo que o papel-moeda circula no lugar da prata, também no mundo, no lugar da estima verdadeira e da amizade autêntica, circulam as suas demonstrações exteriores e os seus gestos imitados do modo mais natural possível. Por outro lado, poder-se-ia perguntar se há pessoas que de facto merecem essa estima e essa amizade. Em todo o caso, dou mais valor aos abanos de cauda de um cão leal do que a cem daquelas demonstrações e gestos.”
“Perguntou-me, depois, se eu não estava interessado em uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida; que, em todo caso, todas se equivaliam [...]. Quando era estudante, tinha muitas ambições desse gênero. Mas quando tive de abandonar os estudos compreendi muito depressa que essas coisas não tinham real importância.”
“Entre eu e eu sempre um espelho se desdobrando em labirinto, reflexos de mim por todos os lados; abstratificado eu fluo, fruo, ou?”
“Mas o mau humor não seria antes uma irritação íntima em razão do sentimento de nossa própria insuficiência, um descontentamento em relação a nós mesmos, ao qual se junta sempre a inveja em razão de uma vaidade idiota? Quando vemos algumas pessoas felizes, sem que para isso tenhamos contribuído, essa felicidade nos é insuportável.”