“Ryléiev foi executado aos 31 anos. Aos 36, Bátiuchkov enlouquece. Aos 22 morre Venetínov, e aos 32 Diélvig. Aos 34, Griboiédov é assassinado, Púchkin aos 37 e Liérmontov aos 26. Suas mortes foram caracterizadas mais de uma vez como formas de suicídio. O próprio Maiakóvski comparava seu combate contra a vida cotidiana aos duelos de Púchkin e Liérmontov.”
“O sofrimento é como a liberdade: só aos corações de grande fortaleza pode aproveitar, aos outros humilha-os e corrompe-os, e mais nada.”
“Aos políticos: «menos liberalismo e mais carácter»; aos homens de letras: «menos eloquência e mais ideia»; aos cidadãos em geral: «menos progresso e mais moral».”
“Tanto para o masculino como para o feminino, a totalidade só é atingível quando, numa união dos opostos, o dia e a noite, o mais alto e o mais baixo, as consciências patriarcal e matriarcal, chegam ao seu próprio modo de produtividade e mutuamente se complementam, fertilizando um ao outro.”
“Na vida de hoje, o mundo só pertence aos estúpidos, aos insensíveis e aos agitados. O direito a viver e a triunfar conquista-se hoje quase pelos mesmos processos por que se conquista o internamento num manicómio: a incapacidade de pensar, a amoralidade e a hiperexcitação.”
“Essa irresolução de lançar-se ao nada absoluto e eterno foi o que me deteve em todos os meus projetos de suicídio. Apesar de tudo, o homem é tão apegado ao que existe que acaba preferindo suportar sua imperfeição e a dor que causa sua fealdade, a aniquilar a fantasmagoria com um ato de vontade própria.”