“Ah, já me tinha esquecido do pénis. Que pena já não ter braços, talvez houvesse alguma coisa a lucrar com ele.”
“Tinha andado a manter um silêncio amuado para com ele, esperando avidamente que me perguntasse que bicho me tinha mordido. O problema era que ele não o fazia. Haverá alguma coisa mais provocadora do que esperar que alguém comece uma discussão?”
“A partir do momento em que alguém especial para ti morre, passas a pensar em todos os momentos que passaste com ela e a desejar ter-lhe dito mais vezes o que ela significava ou ter passado mais tempo com essa pessoa. Mas já não vale a pena, ela já foi”
“-Ouça, doutor: se alguma coisa me preocupou sempre foi ser consequente, unir o que faço ao que sinto. Porque não faz o mesmo?- Como não faço o mesmo?- Oh, não faz...Se o fizessse,já me tinha beijado...”
“Chegando a qualquer nova cidade o viajante reencontra o seu passado que já não sabia que tinha: a estranheza do que já não somos ou já não possuímos espera-nos ao caminho nos lugares estranhos e não possuídos.”
“Tinhas ar de quem não precisava de ninguém, disse ela.Mas são esses os que mais precisam, retorquiu ele. Então não sabes disso?Agora já sei, disse ela. Tarde de mais.O saber nunca vem tarde de mais!, exclamou ele.Talvez não, respondeu ela. Mas pode vir tarde de mais para nos servir para alguma coisa.”