“Eu, ainda que diante de Vós me despreze e me tenha em conta de terra e cinza, sei de Vós algumas coisas que não conheço de mim [...]. Sei que em nada podeis ser prejudicado, mas ignoro a que tentações posso ou não posso resistir.”

Santo Agostinho

Santo Agostinho - “Eu, ainda que diante de Vós me...” 1

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“Não podeis ser obrigado, por Vossa força, seja ao que for, porque em Vós a vontade não é maior do que o poder. Porém, seria maior, se Vós fôsseis maior que Vós mesmo. Mas a vontade e o poder de Deus são o próprio Deus.Para Vós que tudo conheceis, existe acaso alguma coisa imprevista? Nenhhuma natureza existe, senão porque a conhecestes. Para que proferimos nós tantas palavras a fim de comprovar que a substância de Deus não é corruptível, já que, se o fosse não seria Deus?”

Santo Agostinho
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“Estou decidida a adorar-te durante toda a vida e a não ter olhos para mais ninguém. E asseguro-te que também tu farás bem em não amar mais ninguém. Poderias, acaso, contentar-te com uma paixão menos ardente do que a minha? Encontrarás, talvez, maior beleza (e, no entanto, disseste-e outrora que não me faltava beleza), mas não encontrarás jamais amor tamanho - e o resto não conta. [...] Conjuro-te a que me digas por que é que te empenhaste em me encantar como fizeste, se já sabias que me havias de abandonar? Por que é que puseste tanto empenho em me tornar infeliz? Por que não me deixaste em paz no meu convento? Tinha-te feito algum mal? [...] Atribuo toda esta desgraça à cegueira com que me abandonei a dedicar-me a ti. Pois não devia eu prever que os meus prazeres acabariam antes que acabasse o meu amor? Podia eu esperar que ficasses para sempre em Portugal e que renunciasses à tua fortuna e à tua pátria para só pensares em mim? [...] Bem claramente vejo qual seria o remédio para todos os meus males e em breve me libertaria deles se deixasse de te amar. Mas ai de mim!, que terrível remédio! Não! Antes quero sofrer ainda mais do que esquecer-te... Infeliz que sou! Dependerá isso de mim? Não posso acusar-me de ter desejado, nem que fosse só por um momento, deixar de te amar! [...] Não é para te obrigar a escreveres-me que digo todas estas coisas. Oh!, não te violentes! De ti não quero nada senão o que espontaneamente vier e recuso todos os testemunhos de amor que constrangido me desses. Comprazer-me-ia em desculpar-te, só porque talvez tu te sintas bem em não ter o incômodo de me escrever, e sinto uma profunda disposição para te perdoar todas as faltas que cometeres.”

Mariana Alcoforado
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“Houve um poeta que me disse que o mundo, tal como está, pode matar. Não vou deixar que isso aconteça, sei bem que tenho uns ferros no coração e que de repente posso começar a escorregar para dentro de mim mesmo. Então não se consegue parar. Foi isso mesmo que o Zeca Afonso disse no ouvido da mulher quando estava a morrer: Não consigo parar. Sei perfeitamente o que ele queria dizer. Mas não vou deixar que o mundo, tal como está, dê cabo de mim. Tenho as minhas canas de pesca e as minhas espingardas. É sempre possível ir aos robalos, dar uns tiros. Ou então pegar na caneta e vir para aqui falar contigo. Um cão nunca abandona o dono. Mesmo que não te veja sei que estás aí: é quanto me chega. As minhas armas e eu. O meu cão e eu.”

Manuel Alegre
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“Isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.”

Tolstoi Liev
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“Não posso falar da nossa história de amor, portanto vou falar de matemática. Não sou matemática, mas uma coisa eu sei: Entre 0 e 1 existem números infinitos. Existe o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma série infinita de outros. Claro está que existe um maior conjunto infinito de números entre 0 e 2, ou entre 0 e um milhão. Algumas infinidades são maiores do que outras. Quem nos ensinou isto foi um escritor, de quem gostávamos. Há dias, muitos dias, em que sinto um rancor do tamanho do meu conjunto iluminado. Quero mais números do que é provável que tenha e, oh Deus, quero mais números para o Augustus Waters do que os que ele tem. Mas Gus, meu amor, não te consigo dizer como estou grata pela nossa pequena infinidade. Não a trocaria por nada deste mundo. No meio dos dias numerados, tu deste-me um para sempre, e eu estou grata”

John Green
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