“Que amo eu, quando Vos amo? Não amo a formosura corporal, nem a glória temporal, nem a claridade da luz, tão amiga destes meus olhos, nem as doces melodias das canções de todo o gênero, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes ou dos aromas, nem o maná ou o mel, nem os membros tão flexíveis aos abraços da carne. Nada disso amo, quando amo a Deus. E contudo, amo uma luz, uma voz, um alimento e um abraço, quando amo a Deus, luz, voz, perfume do homem interior, onde brillha para minha alma uma luz que nenhum espaço contém, onde soa uma voz que o tempo não arrebata, onde exala um perfume que o vento não esparge, onde se saboreia uma comida que a sofreguidão não diminui, onde se sente um contato que a saciedade não desfaz. Eis o que amo quando amo a Deus.”

Santo Agostinho

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“Não te amo como se fosse rosa de sal,topázioou flecha de cravos quepropagam o fogo:te amo como se amam certas coisas obscuras,secretamente,entre a sombra e a alma.Te amo como a planta que nãofloresce e levadentro de si,oculta, a luz daquelas flores,e graças ateu amor vive escuro em meu corpoo apertado aroma que ascendeu da terra.Te amo sem saber como,nem quando,nem onde,te amo diretamente semproblemas nem orgulho:assim te amo porque não sei amar de outra maneira,senão assim deste modo em que eu não sou nem éstão perto que tuamão sobre meu peito é minhatão perto que se fecham meus olhos com meusonho.”


“Com efeito, não só o ir ao céu mas também o atingi-lo não são mais que o querer ir, mas um querer forte e total, não uma vontade tíbia que anda e desanda daqui para ali, que luta entre si, erguendo-se num lado e caindo no outro.”


“Conheço pessoas, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome não se aplica? O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio? Isso é bom, mas não se deve fazer dele uma virtude ou uma profissão de fé. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor não tem uma fronteira traçada pelo ódio."Ursula K. Le Guin, no ótimo "A Mão Esquerda da Escuridão".”


“Os objectos escavam o espaço, e ocupam nele um lugar. Depois, indicam que um ramo de pinheiro não é o mesmo que o barro, nem que a água. Vistos assim, são o mundo físico da inteligência atravessando a luz.”


“- Ari, quando o vejo, lá no escuro (abro sempre uma fresta nos cortinados para espreitar), é uma luz na minha vida.- É da lanterna...- A sua lanterna ilumina-me a vida.- É muito simpática. Eu nem mereço, só aponto a lanterna para o lugar...- Só aponta a lanterna? Quem dera que na nossa vida houvesse um arrumador como o Ari, a apontar a lanterna para o lugar a que nos deveríamos dirigir, a iluminar o nosso caminho. Mas não, não temos ninguém. A minha mãe, que Deus a tenha, esperava isso do Senhor Jesus, mas nunca lhe vi a lanterna nem o vi arrumar coisa nenhuma.”


“Amo os que não procuram por detrás das estrelas uma razão para morrer e oferecer-se em sacrifício, mas se sacrificam pela terra, para que a terra pertença um dia ao Super-homem.”