“Graças a Churchill, não foi a Alemanha que passou a dominar a Europa, mas sim os Estados Unidos e a Rússia. Graças a Churchill, o fascismo deixou de desempenhar qualquer papel significativo no mundo, ficando o liberalismo e o socialismo a travar a luta pela primazia na política interna dos países. (...) Churchill não desejava grande parte destes cenários, embora aceitasse como mal menor num contexto mais pessimista.”

Sebastian Haffner

Sebastian Haffner - “Graças a Churchill, não foi a...” 1

Similar quotes

“A única coisa que várias vezes tirou Churchill do bom caminho foram paixões políticas e aventuras militares - jamais eróticas. Enquanto político, Churchill nunca foi um calculista frio, mas antes caloroso e apaixonado como poucos. É provável que isso acontecesse porque todo o calor, paixão e mesmo delicadeza que os outros consumiam nas suas vidas privadas acumulavam-se, no caso de Churchill, de forma concentrada e genuína na sua pessoa e acções públicas.”

Sebastian Haffner
Read more

“... agora sei que o nosso mundo não e mais permanente do que uma onda a erguer-se no oceano. E quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, como quer que os possamos sofrer, muito rapidamente se dissolvem todos numa aguada, como tinta de pintar no papel”

Arthur Golden
Read more

“O não-saber é o fundamento de tudo, ele cria o todo através de um acto que repete a cada instante, produz este mundo e qualquer outro, uma vez que está sempre a tomar como real aquilo que o não é. O não-saber é o gigantesco equívoco que serve de base a todas as nossas verdades, o não-saber é mais antigo e mais poderoso do que todos os deuses juntos.”

E. M. Cioran
Read more

“Com efeito, não só o ir ao céu mas também o atingi-lo não são mais que o querer ir, mas um querer forte e total, não uma vontade tíbia que anda e desanda daqui para ali, que luta entre si, erguendo-se num lado e caindo no outro.”

Santo Agostinho
Read more

“«Andar a pé por uma cidade antiquíssima, como Lisboa, é meio-caminho andado para se sentir uma tristeza profunda pela efemeridade do nosso próprio mundo: onde estão os nossos sítios, os nossos mortos, esses pontos de contacto entre o nosso coração e o território? Como continuar a caminhar, quando grande parte do que amámos já se foi embora? Quem estuda a história não se pode dar ao luxo de ser nostálgico, mas eu não sou historiador, sou escritor e por isso posso ser nostálgico à vontade. E nem toda a tristeza é má. Continuam perto de nós, essas âncoras de osso e pedra, de palavra e memória - camufladas no território, como um vasto sistema nervoso sob os músculos. Continua-se a caminhar, porque o território é tudo o que existe: é tudo o que sempre existiu e continuará a existir; mesmo depois das mortes daqueles de quem gostamos e da ruína dos locais onde vivemos. Somos sílabas e iluminuras num texto redigido pelo tempo sobre a terra que nos viu nascer, como tinta sobre um pedaço de papel. Nós secamos, como a tinta - embaciamos. O território fica - mas nós ficamos nele. Ressequidos. Translúcidos. Como folhas mortas. Não há nada mais para além disso.»”

David Soares
Read more