“É completamente estúpido escrever cartas de amor, não pode ser transcrito através de uma simples carta, mas o que fazer quando este horrível oceano nos separa do homem que amamos?”
“No dia em que for possível à mulher amar na totalidade, não na sua fraqueza, não para fugir de si mesma mas para se encontrar, não para se demitir mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal”
“As razões práticas invocadas contra o aborto legal não têm qualquer peso; quanto às razões morais, reduzem-se ao velho argumento católico: o feto possui uma alma a que se veda o paraíso, suprimindo-o antes do baptismo. É de observar que a igreja autoriza, ocasionalmente, a morte de homens feitos: nas guerras ou quando se trata de condenados à morte; reserva, porém, para o feto, um humanitarismo intransigente.”
“Porque não contestam as mulheres a soberania do macho? Nenhum sujeito se coloca imediata e espontaneamente como não essencial; não é o Outro que, definindo-se como Outro, define o Um; ele é posto como Outro pelo Um definindo-se como Um. Mas para que o Outro não se transforme no Um é preciso que se sujeite a esse ponto de vista alheio. De onde vem essa submissão na mulher?”
“Nenhuma mulher escreveu o Processo, Moby Dick ou os Sete Pilares da Sabedoria. Elas não contestam a condição humana, porque mal começam a assumi-la integralmente. É o que explica porque razão as suas obras carecem de ressonâncias metafísicas e também de humor negro; elas não põem o mundo entre parênteses, não lhe fazem perguntas, não denunciam as contradições: levam-no a sério”
“Tous les enfants essaient de compenser la séparation du sevrage par des conduites de séduction et de parade; on oblige le garçon à dépasser ce stade, on le délivre de son narcissisme en le fixant sur son pénis; tandis que la fillette est confirmée dans cette tendance à se faire objet qui est commune à tous les enfants.”
“Si, bien avant la puberté, et parfois même dès sa toute petite enfance, elle nous apparaît déjà comme sexuellement specifiée, ce n'est pas que de mystérieux instincts immédiatement la vouent à la passivité, à la coquetterie, à la maternité, c'est que lintervention d'autrui dans la vie de l'enfant et presque originelle et que dès ses premières années sa vocation lui est impérieusement insufflée.”