“O título [da peça Vladimir Maiakóvski, do autor de mesmo nome] escondia uma revelação brilhantemente simples, a de que o poeta não é o autor, mas o objeto da poesia lírica, dirigindo-se ao mundo na primeira pessoa. O título designava não o autor, mas o conteúdo.Boris Pasternak”
“I- A Primeira Etapa da Leitura Analítica: Regras para Descobrir de que se Trata um Livro1. Classifique o livro de acordo com o tipo e o assunto2. Diga de que se trata todo o livro com a máxima concisão.3. Enumere as partes principais por ordem e segundo a relação que guardam entre si, e delineie essas partes da mesma forma que você delineou o todo.4. Defina o problema ou os problemas que o autor tentou resolver.II- A Segunda Etapa da Leitura Analítica: Regras para interpretar o Conteúdo de um Livro5. Assimile os termos do autor interpretando-lhe as palavras-chave.6. Aprenda as principais porposições do autor examinando-lhe os períodos mais importantes.7. Conheça os argumentos do autor, descobrindo-os nas sequências dos períodos ou construindo-os à base dessas sequências.8. Determine quais os problemas que o autor resolveu e quais os que não resolveu; e dentre estes, indique quais os que o autor sabia que não conseguiria resolver.III- A Terceira Etapa da Leitura Analítica: Regras para Criticar um Livro encarado sob o prisma da Comunicação de ConhecimentosA- Preceitos Gerais da Etiqueta Intelectual9. Não comece a crítica enquanto não completar o delineamentoe a interpretação do livro. (Não diga que concorda, discorda ou suspende o julgamento enquanto não puder dizer “Entendo”.)10. Não faça da discordância disputa ou querela.11. Demonstre que reconhece a diferença entre conhecimento e mera opinião pessoal apresentando boas razões para qualquer julgamento crítico que venha a fazer.B- Critérios Especiais para Tópicos de Crítica12. Mostre em que ponto o autor está desinformado.13. Mostre em que ponto o autor está mal informado.14. Mostre em que ponto o autor é ilógico 15. Mostre em que ponto a análise ou explanação do autor é incompleta.”
“Conheço pessoas, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome não se aplica? O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio? Isso é bom, mas não se deve fazer dele uma virtude ou uma profissão de fé. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor não tem uma fronteira traçada pelo ódio."Ursula K. Le Guin, no ótimo "A Mão Esquerda da Escuridão".”
“O fogo é um preciso aliado do homem mas é perigos para uma criança que não o saiba utilizar. Passa-se o mesmo com certos conhecimentos. À escala da humanidade os homens não são mais do que crianças, olhai o nosso mundo e vede como nos falta educação.”
“Por que se gosta de um autor? Gosta-se de um autor quando, ao lê-lo, tem-se a experiência de comunhão. Arte é isso: comunicar aos outros nossa identidade íntima com eles. Ao lê-lo eu me leio, melhor me entendo. Somos do mesmo sangue, companheiros no mesmo mundo. Não importa que o autor já tenha morrido há séculos... [...] Nasci neste tempo, mas minha alma ficou num lugar do passado que eu muito amei.”
“Assim é, mas a vantagem da igreja é que, embora às vezes o não pareça, ao gerir o que está no alto, governa o que está em baixo.”