“Agora selo o que não devia ser dito,no túmulo em que me torno.”
“O que dá para ser dito dá para ser bem dito, o que não dá para ser dito só pode ser maldito.”
“O amor me amordaça antes que eu possa dizer que não quero essa alegria fulminante. E não tendo dito as palavras capazes de negar o encantamento eu permaneço submisso sob o feitiço. Forçado a um prazer que em razão à sobriedade eu não me permitiria.”
“Aliás, nessa noite não conseguia pensar longa e fixamente em nada, concentrar o pensamento em coisa alguma, tampouco conseguiria resolver, então, conscientemente, o que quer que fosse; a única coisa que fazia era sentir. Em vez da dialética surgia a vida, e na sua consciência devia se elaborar algo totalmente distinto.”
“Cuando me despojo de lo que soy, me torno en lo que podría ser.”
“Porque a vida de quem amamos não é só a que lá está mas a que nós lá pusemos para depois irmos gastando. Ainda agora, vê tu. Amar-te ainda na memória difícil. (...) Recuperar o impossível de quando te amei e não de quando o amor se possibilitou. Porque o inacreditável é que se ama, querida, e não o que é real, que diabo me importa agora o que é real? O real é estares morta, mesmo o real não o sei pensar.”