“PÔR-DO-SOL EM ITATIAIANascente efêmerasEm clareiras súbitasEntre as luzes tardasDo imenso crapúsculo.Negros megalitosEm doce decúbitoSob o peso frágilDa pálida abóbadaCalmo subjacenteO vale infinitoA estender-se múltiploInventando espaçosDilatando a angústiaCriando o silêncio...”
“De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.Fez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente.”
“Esse amor sem fim, onde andará?Que eu busco tanto e nunca estáE não me sai do pensamentoSempre, sempre longeEsse amor tão lindo que se escondeNos confins do não sei ondeVive em mim além do tempoLonge, longe, onde?Por que não me surges nessa horaComo um solComo o sol no marQuando vem a auroraEsse amor que o amor me prometeuE que até hoje não me deuPor que não está ao lado meu?Esse amor sem fim, onde andará?Esse amor, meu amor,Onde andará?”
“O whisky é o melhor amigo do homem, ele é o cahorro engarrafado”
“... A tua presença é qualquer coisa como a luz e a vidaE eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.”
“Oh, tudo é tão tristeA casa, o jardim, o teu olhar, o meu olhar, o olhar de Deus...”
“Nunca fui covardeMas agora é tardeAmei tantoQue agora nem sei mais chorarVivi te buscandoVivi te encontrandoVivi te perdendoAh, coração, infeliz até quando?Para ser felizTu vais morrer de dorAmei tantoQue agora nem sei mais chorarNunca fui covardeMas agora é tardeÉ tarde demais enfimA solidão é o fim de quem amaA chama se esvai, a noite cai em mim.”