“Devo manter meu coração cheio de amor hoje pois de que outra maneira poderei suportar mais este dia?”
“Quando é que isto começou?Isto, o quê?Isto.O amor?Talvez.O amor?Sim, pode ser isso. Quando é que o amor começou?Começou antes de ter começado.E depois?E depois não acabou quando devia acabar. Durou mais tempo. O coração bate mais tempo. Não há maneira de parar o coração.”
“Mas de nenhum destes modos te sei amar,tão fraco ou inábil é o meu coração,de modo que,por o meu amor não ser perfeito,tenho de me contentar com que seja eterno.Tu sorris tristemente desta eternidade.Ainda ontem me perguntavas: ''No calendário do seu coração,quantos dias dura a Eternidade?”
“Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.”
“Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!Hoje já não faço anos.Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...”
“O dia de hoje foi ainda pior. Foi como um desastre em cadeia entre um autocarro do Centro de Dia cheio de velhinhos, um contentor da Fosforeira Portuguesa e um camião-cisterna da Repsol.”