“As palavras pousaram na mesa e se posicionaram no meio. As três pessoas ficaram a olhá-las. As tênues esperanças não ousaram elevar-se mais do que isso. Ele ainda não morreu. Ele ainda não morreu.”
“E por isso acreditava também na grande responsabilidade do livre-arbítrio. Se não houvesse livre-arbítrio, o homem não seria nada, não poderia aspirar a nenhuma dignidade, pois que não teria responsabilidade de que, se queremos que o mundo melhore, devemos fazer por onde ele melhore, já que o mundo é nosso, é do homem e a ele foi dado. Não se pode querer que Deus resolva os problemas do homem, porque, se o fizesse, retiraria do homem a responsabilidade e, por consequência, o livre-arbítrio.”
“Lembre-se que o que incomoda você não é o que as outras pessoas fazem, e sim sua reação a isso. Em vez de dizer "Eles deviam fazer isso", diga: "Queria saber por que me incomodo com o que eles estão fazendo.”
“ ... é estranho, não é, como não se sabe até que ponto alguém faz parte de nós até esse alguém ser ameaçado? E depois achas que não há possibilidade de sobreviveres se alguma coisa lhes acontece, mas a pare mais assustadora é que, na verdade, sobrevives, tens de sobreviver, com eles ou sem eles. Simplesmente não há maneira de saberes em que te tornarás.”
“Como é que se matam saudades não é coisa que se explique de um modo claro. Ele não há ferro nem fogo, corda nem veneno, e todavia as saudades expiram, para a ressurreição, alguma vez antes do terceiro dia. Há quem creia que, ainda mortas, são doces, mais que doces. Esse ponto, no nosso caso, não pode ser ventilado, nem eu quero desenvolvê-lo, como aliás cumpria.”
“Como vão esses amores, perguntou Marçal, Pobre Isaura, pobre pai, Por que dizes pobre Isaura, pobre pai, Porque está claro que ela o quer, mas não consegue passar por cima da barreira que ele levantou, E ele, Ele, ele é uma vez mais a história das duas metades, há uma que provavelmente não pensa senão nisso, E a outra, A outra tem sessenta e quatro anos, a outra tem medo, Realmente, as pessoas são muito complicadas, É verdade, mas se fôssemos simples não seríamos pessoas.”