“Compreendo o senhor, disse Marco Antonio Guerra. Quero dizer, se não me engano, creio que o compreendo. O senhor é como eu e eu sou como o senhor. Não estamos à vontade. Vivemos num ambiente que nos asfixia. Fazemos como se não acontecesse nada, mas acontece sim. O que acontece? Nos asfixiamos, caralho. O senhor se desafoga como pode.”

Roberto Bolaño

Roberto Bolaño - “Compreendo o senhor, disse Marco...” 1

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“ - As wiccanfae não merecem estar entre nós...e Tir Alainn não é o lugar delas. - Nesse caso, sugiro que se vá embora.Lucian fixara-a com o olhar até Selena começar a perder mão sobre si mesma, em vias de se descontrolar. - Eu sou Fae - afirmara - e sou Filha da Casa de Gaian, o que implica que também sou wiccanfae. No entanto, se eu sou wiccanfae,o que julga o Senhor do Fogo que é? - Como?! - O fogo é um dos elementos da Mãe Universal. Não é uma dádiva dos Fae. O único motivo pelo qual o senhor o domina é por ser descendente de pelos menos uma pessoa que pertencia à Casa de Gaian. - Mentira - brandira Lucian - Eu sou Fae. - Wiccanfae! - atirara Selena, no mesmo tom. - Quem tem o seu poder não pode ter sangue puro. Quem julgava o senhor que era?...”

Anne Bishop
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“Diferentemente de Newton e de Schopenhauer, seu antepassado não acretitava num tempo uniforme, absoluto. Acreditava em infinitas séries de tempos, numa rede crescente e vertiginosa de tempos que se aproximam, se bifurcam, se cortam ou que secularmente se ignoram, abrange todas as possibilidades. Não existimos na maioria desses tempos; nalguns existe o senhor e não eu. Noutros, eu, não o senhor; noutros, os dois. Neste, que um acaso favorável me surpreende, o senhor chegou a minha casa; noutro, o senhor, ao atravessar o jardim, encontrou-me morto; noutro, digo estas mesmas palavras, mas sou um erro, um fantasma.”

Jorge Luis Borges
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“Como se Morre de Velhice Como se morre de velhiceou de acidente ou de doença,morro, Senhor, de indiferença.Da indiferença deste mundoonde o que se sente e se pensanão tem eco, na ausência imensa.Na ausência, areia movediçaonde se escreve igual sentençapara o que é vencido e o que vença.Salva-me, Senhor, do horizontesem estímulo ou recompensaonde o amor equivale à ofensa.De boca amarga e de alma tristesinto a minha própria presençanum céu de loucura suspensa.(Já não se morre de velhicenem de acidente nem de doença,mas, Senhor, só de indiferença.)”

Cecília Meireles
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“Avoamento desses, a gente estatela e não entende; que dirá o senhor, eu contando só assim? Eu queria ir para ele, para abraço, mas minhas coragens não deram. Porque ele faltou com o passo, num rejeito, de acanhamento. Mas me reconheceu, visual. Os olhos nossos donos de nós dois. [...] O Menino me deu a mão: e o que mão a mão diz é o curto; às vezes pode ser o mais adivinhado e conteúdo; isto também. E ele como sorriu. Digo ao senhor: até hoje para mim está sorrindo.”

Guimarães Rosa
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“Sê calmo até à estupidez como a vida. E todavia. Dar a volta por quanto existi - e exististe tanto. Porque uma vida humana. Como ela é intensa. Porque o que nela acontece não é o que nela acontece mas a quantidade de nós que acontece nesse acontecer.”

Vergílio Ferreira
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